sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

As pessoas: Virtudes Vs Defeitos

Com o passar dos tempos, habituei me a observar as pessoas e os seus comportamentos. Este fenómeno acentuou se sobretudo com a minha entrada na faculdade, pois foi um choque ver tantas pessoas diferentes, com linhas de pensamento inovadoras e dinâmicas, fora daquilo que eu estava realmente habituado.

Comecei então a ouvir e a olhar para as pessoas com outra atenção, analisando os seus comportamentos, o seu discurso, a capacidade de enfrentar situações adversas, entre outras coisas. As viagens de comboio também ajudaram muito, parecendo que não, circular nos subúrbios de Lisboa faz alterar as nossas perspectivas acerca das pessoas.

Abordo em primeiro lugar, os abomináveis defeitos das pessoas, que me tiram do sério. A falta de civismo faz me espumar da boca. Não ceder o lugar a uma grávida ou idosa no comboio, deitar lixo no chão, falar alto na rua (bastante comum na Linha de Sintra) ou então, não agradecer pelo facto de segurarmos a porta para as pessoas entrarem num edifício qualquer. A falta de civismo no trânsito, não se dando prioridade, não deixar o trânsito circular, não fazer piscas e não parar nas passadeiras (olá, senhores Taxistas). Nos aspectos mais particulares, causam me comichões as pessoas falsas, desonestas, que faltam à sua palavra e que, num iluminar da sua personalidade idiota, são presunçosas (vulgo, nariz empinado). Sempre fui educado na base da palavra e no respeito que se deve ter pelas pessoas, mas a sociedade portuguesa alheou se destes valores e assistimos impávidos e serenos à quebra de contratos sociais (casamentos...), laborais (desemprego) e pessoais (nunca mais falar com um amigo na nossa vida, ou pior ainda, com um familiar). A inveja, o nosso magnífico desporto nacional, faz me suores frios. As pessoas não conseguem conviver com o sucesso do vizinho, dos amigos e até de familiares. Só estamos bem... com o mal dos outros. E quando somos mesquinhos, equiparados a um grão de areia numa imensa praia, temos a tendência para desvalorizar os feitos alcançados por terceiros (‘ahh, se fosse eu, fazia bem melhor!’). O fatalismo português e os seus ‘ses’.

Para finalizar esta parte negativa, o tipo de pessoa que me mete mais fora de mim são os ‘coitadinhos’. Sou invisível, ninguém gosta de mim, tudo me corre mal, gosto de colocar frases de músicas do João Pedro Pais nas redes socias, corto os pulsos... etc. Falta de auto estima, portanto. E como alguém escreveu um dia... “Auto estima é saber olhar para dentro de si e descobrir que as nossas qualidades colocam um sorriso na cara das pessoas e que os nossos defeitos poderão ser as virtudes do dia de amanhã”. Lido bastante mal com este tipo de pessoas, desconfiando até que sofro de alergia.

No reverso da moeda, temos as virtudes das pessoas. São muitas. E vou destacar somente algumas, aquelas que me fazem ver que a vida vale a pena ser vivida e que lutar pelos nossos objectivos não é um mero desperdício de tempo. Pessoas honestas, frontais, humildes, trabalhadoras e acima de tudo, bem dispostas. Creio que acordar pelo frio da manhã, enfrentando meio mundo para ir trabalhar ou estudar, cumprir a sua missão e ainda ter tempo para acrescentar valor à vida de outras pessoas, é a melhor recompensa que se pode ter. Só seremos completos se abdicarmos um pouco de nós para edificar a felicidade de uma outra pessoa. Bendito altruísmo.
Noutro espectro, gosto de pessoas frontais e genuínas, que não se coíbem de ser o que são na realidade: transparentes. Não escondem sentimentos, angústias e felicidades. São o estado mais puro da sociedade e não se pode condenar alguém por ser verdadeiro. Por vezes, levam nos a situações embaraçosas, mas o que seria da vida sem este sal? Lições, temo-las todos os dias. Esqueci me das pessoas optimistas e positivas, que destacam sempre o ‘bright side’ das situações, levando o sorriso e a determinação àqueles quem tudo parece negro.

Isto tudo para dizer que as pessoas são um fenómeno complicado, e que podem estar nos dois lados da barricada. Mas têm muito mais a ganhar se praticarem o Bem, contribuindo para o bem estar social e pessoal de cada um de nós. Acrescentar valor, fundamentalmente.

Boas leituras e um óptimo fim de semana (lamento, mas não vou adoPtar a paneleirice do acordo ortográfico, embora o meu Word esteja a dar erros nas letras ‘C’, ‘P’ e por aí fora), 
GC

1 comentário:

  1. Muito bom como sempre e tudo o que vem de ti meu caro amigo, parabens, pelo blog e votos de sucesso nestas andanças.
    Quanto ao acordo ortografico acho muito bem, afinal portugues uma vez portugues sempre, porque destruri esta lingua tao bela e so nossa.Abraco e domingo la estarei e ver o teu alcainca contra a minha venda

    ResponderEliminar