quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Bom Orgulho


Desde já, peço desculpa aos mais fiéis seguidores do meu blogue por estes dias de interregno. Estive empenhado em desfrutar as minhas férias, mas ao mesmo tempo mergulhei de pés e cabeça num projecto que me cativou bastante. Este ano, decidi fazer parte da Comissão de Festas de São Pedro, em Pêro Pinheiro (através da Paróquia), e trabalho foi coisa que não faltou.

Fui contactado no início de Junho pelo Grande Ricardo Antunes, no sentido de reunirmos um conjunto de pessoas com vontade e com amor pela terra, para se realizar uma festa diferente das habituais. O que é certo é que fomos construindo algo sólido ao longo do mês e as ideias tornaram-se mais claras e evidentes.
Posso dizer que foi uma grande aventura, porque este projecto envolvia pessoas com quem nunca tinha contactado anteriormente. E este foi o aliciante para me agarrar ao projecto. Temos que saber comunicar, conhecer novas formas de pensar e de encarar a vida. Sair da zona de conforto é o elemento chave desta equação. Conheci pessoas interessantes e dei-me a conhecer.

Desde da montagem do palco, do restaurante/bar da comissão, da afixação de cartazes pela madrugada fora... do carinho das pessoas durante a festa e do olhar orgulhoso dos nossos familiares. Houve um esforço incansável da nossa parte para que tudo estivesse ao mais alto nível, pois apesar de alguns serem jovens, sentem a camisola e o seu peso como poucos. As figuras pitorescas do Padre, do Presidente deposto e do actual Presidente da Junta, do Ricardo Antunes ou até mesmo do rapaz do grelhador... são estes cromos que precisamos para ter a caderneta da nossa vida preenchida.
O cansaço, as dores, o cheiro a grelhados, as poucas horas de sono, a muita paciência para atender os clientes especiais... tudo foi ultrapassado pelo excelente espírito de grupo e pelo objectivo de proporcionar uma grande festa às pessoas de Pêro Pinheiro e aos visitantes. 
Sinto-me orgulhoso por ter representado da melhor forma a minha terra e por ter ao meu lado alguns dos melhores amigos. Sem eles, nada disto faria sentido. De certa forma, penso que cumpri a minha missão perante Pêro Pinheiro, pois já representei duas colectividades da terra, sempre com o máximo de paixão e dedicação. Faltava-me deixar uma marca na Festa de São Pedro. Penso que já posso riscar a minha 'bucket list', com a sensação de dever cumprido. Acrescentaram muito valor à minha vida e fizeram-me ver que apesar de todos os obstáculos, podemos ser felizes a fazer aquilo que gostamos, com quem gostamos.

Uma agradecimento final para os meus pais, em especial para a minha Mãe, para o meu Padrinho e também Irmão Luís e para o David e Nuno. Só eu sei o que senti naquela missa, quando me foi lida a Bênção. Pela primeira vez na minha vida, vi estampado nas suas caras o orgulho que sentem por mim. Não sei rezar, nunca frequentei a Igreja, mas os que estão ao meu lado são a minha fé. E ninguém me pode retirar isso.

Boas leituras,
GC

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